Dragões de Éter é uma trilogia de
fantasia fantástica escrita pelo precoce mas talentoso escritor Raphael
Draccon. Precoce porque Raphael publicou o primeiro volume aos 25 anos,
uma história criada durante a faculdade. No entanto, o conteúdo da
trilogia, o modo de escrita, o grau de criatividade, o colocam, segundo
minha opinião, ao nível de Tolkien. Embora não tenha criado uma língua,
Raphael junta todos os personagens de contos de fada e dos contos
medievais e os coloca vivendo suas próprias histórias, juntos, no Mundo
de Azarllum. Adicione a isso novas divindades, mais próximas de nós
mesmos e influências de desenhos como a Caverna do Dragão e Final
Fantasy, como o próprio autor cita como fontes do guia de leitura, e
momentos que nos lembram de nossos problemas cotidianos, e que são
resolvidos pela fantasia, como todos nós desejamos em nossos sonhos, e
temos em vão um livro que escapa dos atuais conceitos de literatura.
Alguns o lêem como se lessem Harry Potter, outros com a emoção do Senhor
dos Anéis, outros com a batida do Queen como som ao fundo e outros como
se estivessem lendo a si mesmos, o seu âmago, a sua alma, o seu lado
divino. Como fala a música que ouço agora (Marys's Eyes, cantada pelo
grupo irlandês Gaelic Storm) "vamos fazer um momento de silêncio e
olhemos a leste onde está a Irlanda", uma terra que carrega a fantasia
em sua Ilha Esmeralda e que, mesmo inconscientemente, nos toca o coração
e a alma, fazendo com que entendamos o que somos e porque estamos
aqui.Assim como faz Dragões de Éter.
Comparo, finalmente, Dragões de Éter, ao Pequeno Príncipe de Antoine
de Saint-Exupéry, como aquele livro que você lê e relê durante toda a
sua vida e sempre compreendendo uma coisa nova, um sentimento novo, uma
nova visão de vida. Um livro admirável escrito por um escritor
fantástico.
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